Gorda, gordinha, gordona!!!

Imaginem a cena:

Plena farmácia do Carrefour, fazendo minhas compras (eu, a Doida da Fernanda)  sendo atendida pela balconista quando, uma garota muito bonita, tipo rata de academia, com no máximo 25 anos, pula na minha frente, e "tenta" falar no ouvido da balconista a seguinte frase: (respira fundo que agora a coisa pega fogo!)

- Moça só quero um chá, posso passar na frente da gordinha?

E eu, uma dama, phyna, educadíssima... Porém, filha de argentina, com sangue pantanense, criada nos pampas, com a maior boa vontade virei e disse:

- COMOÉQUIÉ?

       

A lindinha, mal educada e idiota, olha pra mim e com a maior cara deslavada diz:

- Oh,  desculpa moça, eu só estou com pressa.. (Mas com cara mesmo de medo de tomar umas bolachas, não de arrependimento ou algo do tipo)

A balconista, vendo que o caldo ia entornar mandou a gatchinha para o fim  da fila, e a coisa meio que ficou por ai, pois se faço um barraco dificilmente saio, mas naquele dia o que eu menos precisava era de emoção.

Quando cheguei em casa pensei: deste quando gordo se tornou ponto de referência?!

Interessante que no dia anterior, estava com a Lara e um casal a elogiou:

- Olha que amor, bem gordinha!

Ela pode ser gordinha e bonitinha, ela é  bebê, é aceitável e até incentivado. Mas com que idade a gordura passa a ser referência pejorativa?

 

foto google

É lógico que não quero alguém elogiando  minhas coxas roliças  ou meu super traseiro, mas sei, e já vivi na pele,  inúmeras vezes,  o preconceito da obesidade. 

Ele está em toda parte, em situações banais, na escola, no trabalho,  na farmácia e naquelas pessoas que encaram a obesidade como uma falta de vergonha na cara, que acham que ser gordo é opção e que basta querer para mudar a situação, e se a pessoa não muda, merece todos os adjetivos e preconceitos..

E vocês, já sentiram o preconceito na pele? Dói né?! Nos contem!